O despertar para a Verdade, o Caminho e a Vida

Os que acompanham este humilde blog sabem que este projeto existe desde 2015 e que tudo começou com uma vontade ardente de realizar estudos sobre a espiritualidade e compartilhá-los com quem também estivesse em busca de conhecimento. Aqui reuni com a ajuda de amigos colaboradores muitos saberes do Mundo Antigo e da Nova Era, mas hoje o que venho compartilhar com vocês é um pouco da minha história pessoal e como todos esses estudos me levaram à experiências em diversas religiões. Ao longo desses anos eu nunca deixei de buscar Deus e achei que o havia encontrado por meio de cultos à entidades e à espíritos. Mas em minha vã ignorância, eu que achava que sabia de algo, eu que achava que havia encontrado a verdade, me deparei com profundos desafios desde a pandemia de 2019 e de fato, sei que não sou a única que enfrentou desafios, mas sim que para muitos esses últimos anos não foram nada fáceis.

Mas tais tribulações me levaram à novas reflexões e há uns meses atrás escrevi um artigo aqui sobre o Perdão, pois tive experiências pessoais de cura e libertação profundas que vieram do cultivo dessa virtude e a partir daí, passei a ser tocada de uma nova maneira por Deus. E é engraçado pensar que há muitos anos eu já fazia algumas meditações de perdão, mas hoje vejo que nunca havia orado para isso, e meditação alguma abriu meu coração como orar, que foi o que passou a acontecer nos anos de 2020 e 2021. Perdoando passei a compreender como eu também precisava ser perdoada por Deus. Ao perdoar os que me feriram percebi como eu mesma havia ferido muitas pessoas ao longo de toda minha vida, e que eu não era melhor dos que haviam se voltado contra mim. Fui assumindo os meus erros, tomando responsabilidade por tudo aquilo que eu havia causado na vida dos outros e na minha própria vida e às lágrimas me coloquei de joelhos, pedi redenção e ajuda à Deus.

Aí, nesse momento, de coração partido e em estado de humildade, por me perceber tão pequena perante à Deus, como uma criatura que havia se deixado levar toda a vida por desejos provindos do próprio egoísmo e satisfação pessoal, eu percebi que eu não sabia de nada do que eu propusera saber, de tudo que eu havia estudado (e até compartilhado com vocês), não era simplesmente nada perante à glória de Deus, pois a sua amorosa face se voltou para mim quando O busquei em oração, e além de me perdoar, o Senhor passou a me inspirar e ensinar muita coisa através da Bíblia Sagrada. Me mostrou que tudo que eu pensava ser um conhecimento tão precioso não passavam de saberes terrenos, saberes estes que inflam nossos egos e que nos incentivam à fazer aquilo que queremos fazer porque queremos e ponto. Ensinos e práticas religiosas que nos incentivam à buscar nossas próprias vontades, desejos e a realizá-las através de oferendas à entidades espirituais ou lei da atração, impondo nossa vontade à vida sem nos perguntar se isso que queremos é realmente o melhor para nós ou para os que nos rodeiam. Como isso que eu quero afeta a minha vida e a dos demais. E aí, ficou bem claro para mim: o ocultismo e práticas magisticas nada mais são do que uma tentativa egoísta nossa de realizar as nossas próprias vontades sem nunca nos perguntarmos a vontade de Deus. Aqui você até pode argumentar de ‘Ah, mas quando eu consulto uma entidade/espírito ela diz o que é bom ou mal para mim e me orienta como fazer a melhor escolha ou da melhor forma’.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – João 8:32

Ok, mas será que essa entidade/espírito tem intuito realmente benéfico para você ao te dar tal orientação? Você sabe quem são esses seres verdadeiramente? E você quem pensa que é para bater no peito e querer realizar somente à tua vontade e pensar somente em você? Você quer ser o deus da sua vida e decidir todos os seus passos, realizar todos os seus desejos e acredita que isso é que te trará felicidade. Vã engano, pois nada do que é terreno realmente te preencherá, jamais. Tão pouco você é deus ou esses outros espíritos o são. Na verdade, somos criaturas de Deus e esse vazio só pode ser preenchido quando nos voltamos para Ele.

E talvez você já até tenha percebido, mas também pode ser que isso que eu vou falar agora ainda seja inconsciente para você, mas o quanto mais você busca preencher esse vazio com coisas daqui da terra.

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6:19

Buscando realizar suas próprias vontades, você vai passando por cima de tudo, inclusive do mundo espiritual, você cada vez mais ambiciona acumular esses “tesouros”, mais e mais você passa a querer poder e conhecimento para criar e manipular a realidade. Será que você consegue perceber? Você quer manipular a energia, a vibração, os espíritos, os anjos. Você consulta os astros, as entidades, os oráculos. Você faz frases afirmando o que vai acontecer, “atraindo” as coisas e situações. Eu entendo que você queira manter um controle sobre a sua vida. Mas será que você percebe? Você quer impor tudo e todos à se submeterem à sua vontade sem nunca, nem por um momento, se questionar “será que essa é a vontade de Deus?” ou até mesmo “será que essa é a minha verdadeira vontade?”. Os desejos que você tem, de onde eles vem senão do mundo que os incita em você? Pode parecer duro isso que estou dizendo, mas reflita por um instante.

Pode ser que nessa altura desse artigo você já se sinta insultado e queira fechar essa página. Mas me diz aqui, você se considera sábio?

Pois eu te digo, se o sábio der ouvidos ao que Deus diz, aumentará seu conhecimento, e quem tem discernimento obterá orientação. Provérbios 1:5

E qual é a vontade então de Deus? Que sigamos a Palavra e Teus mandamentos. É incrível de tão simples. Me impressiona pensar agora o quanto eu vaguei para descobrir, para compreender. Mas mesmo sendo simples, não deixa de ser desafiador. Para caminhar com Deus é necessário se perceber criatura – e não criador, ou co-criador rs – e voltar a sua vida à Ele. Colocá-lo ali, onde ele merece estar, no altar da sua vida.

Hoje consigo perceber que todas essas voltas e voltas que dei no mundo da espiritualidade era o propósito de Deus para minha vida, que eu vagasse por aí, buscando Ele mundo afora até que eu me percebesse simplesmente uma mera humana mortal, pequena como um grão de areia, cheia de falhas e erros, pois eu consultava espíritos, oráculos, astros que justificassem minhas ações e acreditava que aí estava a verdade, que aí estava a minha evolução, pois eu realmente acreditava que fazer as coisas do meu jeito me levaria para frente, mas na realidade, ao insistir nesse caminho eu continuaria escrava da lama do egoísmo e do pecado. Perceber isso ao mesmo tempo dói, mas também me liberta.

E é afim de libertar você também que me acompanha por aqui que escrevo esse artigo. Assim como encontrar a Deus me apontou a Luz da Verdade e como encontrar pessoas que também o encontraram me fortaleceu, escrevo essas palavras.

Pois nada tem de evolutivo continuar de olhos fechados para o maior sacrifício que Deus já fez por nós, o Pai que é tão misericordioso e amou o mundo de tal maneira enviou seu Filho amado, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). Deus nos ama tanto que Ele deu seu maior tesouro para estar conosco: seu único filho, Jesus. Cristo, que morreu e ressuscitou para que conheçamos o amor de Deus, que restaura, corrige e transforma a vida.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida – João 14:6

Jesus Cristo, o único filho de Deus, imolado sem pecados, deu sua vida na cruz lavando toda nossa ignorância e pecados com o seu preciosíssimo Sangue. Ignorar isso é o mesmo que ignorar o amor de Deus, tudo que ele fez e criou. Essa vida que você vive, você a recebeu da graça de Deus e pela graça de Deus é que você acorda todos os dias, é pela graça de Deus que você pode viver e aprender. Se foi Deus que te deu a vida, essa vida não é sua – mas de Deus que lhe concedeu o livre-arbítrio para fazer as suas escolhas e render-se ou não à vontade de Dele.

Eu me rendi, completamente – tudo na minha vida é de Dele e para Ele, e este blog está incluso nisso. Vi tudo se tornar novo em minha vida depois que abandonei todos essas práticas espirituais. Eu tardei, mas compreendei que nunca existiu e jamais existirá alguém como Jesus Cristo, pois à ele foi dado todo o poder no céu e na terra.

E que poder é esse? O poder de nos curar e libertar. Com o sacrifício de Jesus, a vida nunca mais nos será tirada pois com Ele jaz a vida eterna. O Sangue de Jesus nos redime e purifica dos nossos pecados, como também, fortifica a nossa vida para que tenhamos fé, sentido e direção.

Antes de Jesus Cristo, estávamos presos nos enlaces e ilusões do mundo, não conhecíamos a Verdade, tão pouco o Caminho e a Vida. Éramos escravos do demônio, que é Satanás, o qual foi expulso do céu por Deus e que caiu na Terra com sua legião de demônios. Estes seres habitam a Terra até hoje e são eles que inspiraram os homens ao ocultismo, a adoração à entidades e a doutrina dos espíritos – estes seres se transvestem de luz, nos fazem acreditar que eles são da parte de Deus, mas na verdade, tudo o que eles querem é justamente nos desviar do caminho de Deus. Eu falo isso com embasamento espiritual e a partir do conhecimento das escrituras.

E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em anjos de justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” II Cor 11:14, 15.

Eu realmente acreditava que seguindo essas religiões, essas entidades, esses saberes, eu estava me alinhando espiritualmente. Eu acreditei durante muito tempo que esses “seres de luz” estavam à serviço do Deus, mas eles não estão e foi à duras penas que percebi isso. Eles são legiões de demônios. Hoje eu vejo isso como vejo claramente a luz do dia, todas essas falsas doutrinas não passam de enganação, pois o que Deus quer de nós, a sua verdadeira vontade é que nós cresçamos em virtudes, discernimento e retidão. Ele não nos quer escravos de seres que nos incentivam ao egoísmo, à nossa própria vontade e desejos carnais, e seguir nisso é manter-se escravo. Deus nos quer livres e conscientes.

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Oseias 4:6)

A vontade de Deus é que tenhamos consciência das nossas escolhas e consequências, que saibamos ser mansos e humildes de coração. Que reconheçamos nosso papel humano. Que sejamos misericordiosos e solidários com nossos irmãos. Que reconheçamos a Sua face em todas as criaturas e situações da vida.

Em João 1:4 está escrito “Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo.”

O mundo jaz na mão do maligno. Somos ensinados a competir, à buscar riquezas que nos dignem como seres humanos e satisfazer toda ordem de prazeres da carne e até mesmo destruirmos uns aos outros e ao meio ambiente no caminho. Então, cuidado. Tenha discernimento para ver o que realmente está no seu altar. Muitos tem o dinheiro, a vaidade, o desejo de controle, a luxúria e o egoísmo no altar e não se dão conta disso. Faça um bom exame de consciência e busque compreender o que te leva a usar dessas práticas “espirituais” na sua vida e pare agora de invocar entidades, fazer magia, oferendas e a usar a lei da atração, pare de querer fazer só a sua vontade, busque o Senhor e confie na vontade Dele, pois Ele é o criador do céu e da terra.

Isaías 44:24-28

Assim diz o SENHOR, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra; que desfaço os sinais dos profetizadores de mentiras e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os sábios, cujo saber converto em loucuras; que confirmo a palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus mensageiros;

Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há outro Deus. 

~*~

Pela nova e eterna aliança, eu agradeço imensamente ao Senhor pois olhou para esta humilde criatura e a acolheu em teu seio fraternal; me amou muito antes que eu o amasse e me chamou para caminhar junto à Ti. Jesus Cristo é o Senhor. Aqui está o meu sim.

Artigo escrito por YanRam para O Grande Jardim.

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‘Como acima, assim abaixo’: o que outras dimensões realmente significam?

Eu sei que os leitores do Grande Jardim geralmente são abertos à expansão da consciência e que possuem a curiosidade com apurado senso de investigação. Portanto, neste artigo vamos falar sobre as “outras” ou “superiores” dimensões sob as concepções do reino da ciência baseada no Observador e da ciência objetiva, levando em consideração também noções da física quântica.

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Palestrantes como Bernardo Kastrup discutiram em seu livro, “Why Materialism is Baloney” (tradução livre: “Porque o Materialismo é Bobagem”) e Menas Kafatos e Jay Kumar apresentaram conceitos convincentes para expandir os estudos sobre as dimensões. Para começar, o Dr. Kafatos comparou os aspectos essenciais de uma nova ciência baseada no observador com a nossa ciência atual, a ciência objetiva.

Vale lembrar que inúmeras religiões e sistemas de crenças também creem em outras dimensões da existência, inclusive aqui no Jardim tem estudos interessantíssimos sobre, como: Axis Mundi: O Grande Eixo entre as Dimensões. Esse conceito de outras dimensões ou dimensões superiores não é novo e inclusive é a base da Kabalah Judaica e tantas outras religiões como o Espiritismo e a Umbanda. Mas para além, como a ciência objetiva percebe e trata as “outras dimensões” e tantos outros temas? Montamos uma tabela comparativa entre a visão da ciência baseada no observador e a ciência objetiva com base nos estudos do Dr. Kumar e Dr. Kofatos, que segue:

Interessante observar essas noções quando colocados em paralelos, não é mesmo? Aqui também exemplificamos o que o Dr. Kumar demostra ser a fatia limitada das energias observáveis ​​e mensuráveis ​​que nossos sentidos e nossos instrumentos científicos fornecem:

O diagrama acima demonstra o espectrum total das ondas eletromagnéticas. A escala inicial se dá em objetos representativos que equivalem a escala do comprimento da onda. A opacidade atmosférica determina quais radiações impactam a superfície da Terra.

Então, como esquematizado no quadro acima podemos perceber que existem diversas dimensões e compreendemos também que as diferentes dimensões existem aqui na Terra, evolvem a Terra e estão para além dela, no Universo. Assim como a nossa dimensão da realidade é diferente quando comparada à dimensão de realidade da formiga, assim se dá entre as dimensões. Elas são inúmeras – porém tanto nós quanto as formigas somos atravessados por todas elas, estando nós conscientes disso ou não.

Outro cientista proeminente, Dr. Robert Lanza, propôs a teoria do biocentrismo para começar a explicar as limitações de nossa visão da realidade e expandi-la além de nossa estreita capacidade sensorial. Ao reconhecer essas tendências, somos levados à visão de que a própria consciência está e é tudo, por tanto, a consciência é central e necessária para qualquer perspectiva, científica real e viável, e geralmente isso leva à discussão de outras dimensões.

Escritores de ficção científica que desejam fazer viagens no tempo muitas vezes falam do Tempo como uma “quarta dimensão” e, claro, a teoria da relatividade de Einstein abordou a noção de “Espaço-Tempo” como uma função de uma curvatura em todo o espaço, e experimentos científicos confirmaram muitas das suas teorias.

(Vale a pena notar que a lendária série Twilight Zone se referia a uma quarta dimensão do “Tempo”. Eu adorava essa série quando criança rsrs)

Mas ao olharmos para o espaço, o que significaria outra dimensão? E podemos começar a conceituá-la de alguma forma significativa? A metáfora e analogia são aliadas na abordagem comum e no filme Flatland os  animadores fizeram um excelente paralelo que demonstra como nossa terceira dimensão (o eixo X em 3D) pode afetar os habitantes de um mundo limitado a apenas duas dimensões. Inclusive, esse filme está disponível na nossa sessão Documentários. Recomendadíssimo!

Já um místico e filósofo que é pouco conhecido e amplamente ignorado pela ciência dominante foi GI Gurdjieff. Muitos dos ensinamentos de Gurdjieff eram enigmáticos, mas ele aludia à capacidade de se conectar energicamente com inteligências superiores em outras dimensões, mudando alquimicamente o próprio ser – de modo a ser capaz de receber tais influências.

O que me fascinou na abordagem de Gurdjieff foi sua ressonância com ideias herméticas de níveis Cósmicos – o conceito de “Como acima, assim abaixo” – para começar, já descreve como a realidade se dá. Tudo que está dentro, está fora, assim como tudo que está acima, está abaixo. Então, podemos concluir que assim como aqui existe essa dimensão de experiência, acima também. Essa frase elucida e explica a possível existência de mundos infinitos – e aborda, por exemplo, a experiência inexplicável de olhar para as estrelas e não encontrar “fora” e de meditar o suficiente e não encontrar o limiar do “dentro”.

Isso me levou à descoberta da Teoria da Influência Celestial de Rodney Collin (link para download do PDF), que tenta fornecer mais detalhes de como a cosmologia de Gurdjieff pode se desdobrar. Collin foi aluno direto de PD Ouspensky, aluno de Gurdjieff, mas cujo clássico Em Busca do Milagroso é uma narrativa fiel de seu trabalho com o próprio Gurdjieff.

O trabalho de Collin também começa a colocar a própria humanidade na posição de ser capaz de discernir essas relações a partir de sua posição “mediana” e seu potencial para evoluir tanto intelectual quanto espiritualmente. Isso ressoa com o trabalho de Schwaller de Lubicz, um arqueólogo que sustentou que o Templo de Luxor era na verdade um modelo da fisionomia humana do humano supremo (Faraó) como o modelo para o desenvolvimento humano dentro da ciência sagrada do antigo Egito .

Em muitas eras e estudos, o corpo humano é considerado como o mais universal de todos os símbolos. Leia aqui: Simbologias no Corpo Humano – “Os Ensinamentos Secretos de todas as Eras” (1928)

Mas vamos ler agora um trecho que descreve brevemente a hierarquia da cosmologia de Collin:

Visto de outro ponto de vista, este “meio” é composto pelas seções dos mundos superiores. Já comparamos nosso Sistema Solar dentro de uma seção da Via Láctea com uma célula dentro de uma seção do corpo humano. A célula para a seção humana, e nosso Sol para a Via Láctea, são como pontos para planos. Assim, podemos dizer, como lei, que o meio no qual qualquer mundo vive, se move e tem seu ser para ele como um plano está para um ponto. A seção transversal do corpo humano é o plano no qual a célula se move; a superfície da Terra é o plano da Natureza em que o homem se move; a eclíptica do Sistema Solar é o plano em que a Terra se move; e o disco da Via Láctea é o plano no qual o Sol se move.

Teoria da Influência Celestial, pág. 32

Outra citação interessante:

“’Eternidade”, como usado neste livro, não se refere a uma extensão infinita de tempo, pois todo tempo é finito e limitado por “vidas”. Significa, como supunham os teólogos medievais, uma dimensão “fora do tempo”, formada pela repetição do próprio tempo. (página 36)

A Influência Celestial, nota de rodapé em pág. 36

O ponto saliente aqui que novamente ressoa com outros ensinamentos místicos é que nosso sistema solar tem seu próprio “ano” girando em torno do sistema estelar binário Sirius – entre nosso próprio ano solar e a revolução do sistema Sirius em torno da Via Láctea.

É claro que recentemente os astrônomos descobriram bilhões de novas galáxias e até encontraram aglomerados galácticos que parecem se mover em outros padrões revolucionários. Da perspectiva de Collin, no entanto, nossa capacidade de medir esses movimentos é análoga a uma célula do corpo humano ser capaz de discernir, potencialmente, a revolução da Terra em torno do Sol – é de uma escala incomensuravelmente maior, mas a relação (como acima então abaixo) pode ser aplicada.

E em cada nível, o cosmos superior seria acessível apenas da perspectiva de um “ponto”; que é da mais estreita das frequências, mas ainda com potencial para receber informações – se o receptor (humano ou instrumento) estiver sintonizado corretamente.

Como penetrar nesse tipo de ensino e potencialmente contatar e descrever mundos de outras escalas? E existem seres no cosmos com tal habilidade – seja física ou etérea?

Estas são as questões a serem seriamente abordadas por qualquer ciência que não tome como certa a objetividade da investigação humana. Leia também: As Teorias e os Estudos dos Mundos Paralelos

A existência de outros mundos, civilizações e dimensões sempre foi algo que aguçou a curiosidade humana e uma prova disso é o maravilhoso filme clássico de ficção científica que começou a arranhar a superfície dessa investigação no cinema, “O Incrível Homem que Encolheu”, de 1957, que contou com os lendários efeitos especiais de Ray Harryhousen. Separamos o finalzinho para você ver, se quiser, é só clicar aqui. Assistimos a estória de um homem que de alguma forma entrou no mundo “nano” e tem que lutar com criaturas que agora são muito maiores, como uma aranha e um gato, e que finalmente encolhe para onde pode experimentar o mundo como ele é. Esse homem então se percebe como Um com o Todo ao experienciar diferentes dimensões da realidade.

A nossa existência é um mistério que vem sendo desvelado ao longo das eras através da experiência humana e os campos de conhecimento, mas ainda há muito muito que não sabemos. Tantas outras questões que suponhamos. Pra mim, está muito claro a existência de diferentes dimensões e outros seres etéreos, tanto no Universo quanto aqui, na própria Terra, entre os reinos vegetal, elemental, animal, e porque não, espiritual e astral. Ahh, como sou feliz de estar aqui nesse planeta, vivendo e aprendendo.

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Tradução e adaptação por YanRam para O Grande Jardim.

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O caminho do Guerreiro Sagrado: onde o Herói e o Curador convergem

“É melhor ser um guerreiro em um jardim do que um jardineiro em uma guerra” ~ Parábola Zen

O jardim é uma metáfora para a interconexão de todas as coisas e o guerreiro e o curador são arquétipos da nossa consciência que se manifestam em nós e através de nós. Mas, a maioria dos guerreiros desconhece a interconexão da teia da vida e, por tanto, desconhece o jardim. Um guerreiro que desconhece o jardim é apenas um bruto – a coragem está ali, mas lhe carece a compaixão. Esse tipo de guerreiro é um tanto profano e isso se dê talvez por ignorância ou por algum tipo de repressão interior. Porém, mesmo desconhecendo o jardim, isso jamais os desconectará da grande teia da vida. Todos sempre estaremos ligados ao Todo, sabendo disso ou não.

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Guerreiros Sagrados, por outro lado, compreendem que o jardim é o mais importante. Eles sabem que o seu caminho no jardim começou com o nascimento, desenvolvimento em saúde, equilíbrio e disciplina, e também sabem que terminarão no jardim com a morte como adubo para novos ciclos de vida e saúde. Mas para esse guerreiro, o caminho é claro. É através do amor. O amor é uma espada do guerreiro; onde quer que corte, dá vida, não morte. É aí que o Herói e o Curador se convergem, no jardim da mortalidade.

O Jardim da Mortalidade

“Os guerreiros vivem com a morte ao seu lado, e por saberem que a morte é sua companhia, eles criam coragem para enfrentar qualquer coisa, pois o pior que pode nos acontecer é morrer, mas esse já é o nosso destino inalterável, por tanto, somos livres, já não temos mais nada a temer.” ~ Carlos Castaneda

Enquanto o herói reúne coragem e a força de compreender as cinzas da morte, o curador reúne a saúde e interconexão do adubo da morte. Ambos se unem para se tornar o guerreiro sagrado. O jardim da mortalidade é por tanto, a eterna dança entre a vida-morte-renascimento e os guerreiros sagrados conhecem bem essa dança, e a respeitam. Eles honram a mortalidade e prestam homenagem à finitude ao mesmo tempo que contemplam o Infinito. Caminham conscientes da morte, pois a morte os ensina a viver. Isso lhes dá perspectiva. Desatando os nós com um punhal de amor, eles aprendem a viver bem para eventualmente bem morrer. Sua mortalidade é auto realização. Aqui, o guerreiro está em paz com o fato de que vai morrer, e é justamente essa paz que transforma o medo em combustível de coragem.

O Jardim das Sombras

“Nossa imaginação voa – somos sua sombra na terra.” ~ Vladimir Nabokov

Onde o herói integra a sombra para transformar demônios em diamantes e o curador integra a sombra para transformar feridas em sabedoria. Ambos se unem para se tornar o Guerreiro Sagrado.

O jardim das sombras é a última encruzilhada existencial. Guerreiros sagrados o frequentam para descobrir o renascimento. É no jardim das sombras que o guerreiro egocêntrico comum morre, e o guerreiro sagrado nasce com uma perspectiva centrada na alma. O jardim das sombras é diferente para cada guerreiro, mas sempre está envolto à experiências e questões espirituais e existenciais.

Noites escuras da alma são predominantes. A morte do ego é comum. A aniquilação é onipresente. Após o casulo, a sombra se torna para sempre uma aliada do guerreiro sagrado. A morte e as trevas são honradas. A dor e sofrimento são integradas. Sombra e luz se confundem. Coragem e força combinam-se com compaixão e abertura do coração para criar a vulnerabilidade absoluta da Alta Graça.

O Jardim do Desapego

“Busque a liberdade e torne-se cativo de seus desejos. Busque a disciplina e encontre sua liberdade.” ~Frank Herbert

Onde o herói pratica o desapego para encorajar a disciplina e a tolerância, o curandeiro pratica o desapego para inspirar disciplina e mente aberta. Ambos se unem para se tornar o guerreiro sagrado.

O jardim do desapego é um pivô espiritual para um crescimento superior. Guerreiros sagrados aqui vem para aprender cultivo, perspicácia e responsabilidade. Aqui, a disciplina é mais importante e é o segredo do desapego. E o segredo da disciplina é a prática. Mais especificamente, a prática que vem de uma rotina saudável. Compreendendo que é preciso ceifar hábitos que não fazem mais sentido ou não estão mais alinhados com o seu caminho, remover as ervas daninhas que sugam sua energia, permitindo que seu jardim interior floresça.

Guerreiros sagrados inspiram disciplina na rotina de cultivo do jardim, e é essa rotina que cria um crescimento desvinculado de si mesmo, onde o resultado não é associado ao seu crescimento e auto valor. É um tipo de crescimento que personifica o jardim e não o ego. Dessa forma, não se torna egoísta ou arrogante. A auto preservação fica em segundo plano, dando espaço para a auto superação.

O Jardim do Serviço

“Estratégia é um processo mental no qual sua mente se eleva acima do campo de batalha. Você tem uma sensação de um propósito maior para sua vida, onde você quer estar no caminho, o que você decidiu realizar. Isso torna mais fácil decidir o que é realmente importante, quais batalhas evitar. Você é capaz de controlar suas emoções, de ver o mundo com um grau de desapego.” ~Robert Greene

Onde o herói se torna um com todas as coisas (Deus) para honrar a humanidade através da segurança e da liberdade, o curador se torna um com todas as coisas para curar a humanidade através do amor e do serviço. Ambos se unem para se tornar o guerreiro sagrado.

Armado com a Morte como uma bússola, a Sombra como uma aliada e o desapego como uma disciplina, o guerreiro sagrado descobre o propósito mais elevado do eu como jardim e do jardim como eu.

No jardim do serviço superior, os guerreiros sagrados têm a coragem de se fazer as perguntas difíceis: “Seu caminho tem coração?” “Você está vivendo sua melhor vida?” “Sua vida tem propósito e significado?” E então eles têm a audácia de reverter essas questões na humanidade.

Guerreiros sagrados lutam pela humanidade e curam a sociedade através do poder do amor incondicional. Eles são principalmente uma força da natureza (a personificação do próprio jardim). Eles refletem o jardim para a humanidade como um espelho, refletindo as qualidades curativas e implacáveis ​​do jardim. Eles são mecanismos de nivelamento social da mais alta importância, ensinando como a humanidade está doente enquanto também tentam protegê-la de outras doenças.

Seu serviço dá ao seu propósito uma clareza que atravessa todas as coisas. Suas mentes estão claras. Suas almas são afiadas. Seus corações são antifrágeis. Com o abismo atrás deles, o horizonte está bem em frente, aberto e expansivo. O amor deles é incondicional. Sua força é implacável. O curador rega as raízes do herói. O herói abre o terceiro olho do curador. Juntos eles permanecem, vigilantes em sua proteção vital do jardim.

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Ahooo ~~ ❤ Que a força do amor, da coragem e da verdade sejam nossos escudos e espadas nessa linda caminhada que é viver na Terra, nosso grande jardim.

Artigo por Gary Z McGee em @Fractal Enligment. Tradução de YanRam para O Grande Jardim.

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Leia também:

A consciência centrada no coração

Conectando-se com a dor, o Xamã como Curador ferido

Ecologia e Espiritualidade – O Re-encamento do Mundo

Os Totens Animais dos 13 Tons Galácticos

Olá, seja bem vindo a mais um artigo aqui do Grande Jardim. Neste post, falaremos sobre os Totens Animais que estão associados aos 13 Tons Galácticos do Calendário da Paz de 13 Luas e 28 Dias (Tzolkin). Caso você não esteja familiarizado com esse calendário, recomendo a leitura desse outro artigo aqui do site: O que é o Tempo? A Teoria da Relatividade e o Calendário 13 Luas. Mas, de forma resumida e introdutória o Calendário de 13 Luas é um instrumento sincrônico e harmonioso que foi criado para substituir o Calendário Gregoriano de 12 meses (utilizado pela maior parte da nossa sociedade).

Continuar lendo “Os Totens Animais dos 13 Tons Galácticos”

A ansiedade e depressão como consequência do Capitalismo Irracional

Desde 2017, o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtornos de ansiedade em todo o mundo. Já eram quase 19 milhões de brasileiros com a qualidade de vida comprometida. E aí veio o coronavírus – que desencadeou transtornos mentais – e piorou a situação de quem já sofria com eles.

Continuar lendo “A ansiedade e depressão como consequência do Capitalismo Irracional”