Símbolos: Estrela de cinco pontas ou Pentagrama

Esse é um estudo sobre a simbologia das Estrela de 5 pontas (pentagrama) – uma estrela de cinco pontas envolta em círculo – eu venho pesquisando e estudando esse símbolo há algum tempo e olha, até hoje, esse foi um dos símbolos mais difíceis de se estudar porque há pouco material de qualidade referente, mas eu senti muito forte nos meus processos de aprofundar a minha compreensão sobre sua simbologia misteriosa e tão antiga, pois o Pentagrama serve à humanidade em nosso caminho evolutivo desde os primórdios dos tempos, sendo encontrado aqui na Terra desde a Idade da Pedra. O símbolo da Estrela é muito presente, mas a Estrela de seis pontas também, o Selo de Davi ou Hexagrama que é de uma simbologia e estudo interessantíssimo, mas hoje vamos nos ater na compreensão da Estrela de 5 pontas, o pentagrama.

Nossa relação com as estrelas é muito antiga, sempre olhamos para o céu e contemplamos sua existência, refletindo sobre seus movimentos celestes e há eras estudamos as estrelas com a astrologia e astronomia e até hoje, a Estrela é um forte símbolo presente na consciência e por isso, encontramos o pentagrama em diversas religiões e culturas ao redor do mundo, sendo ainda hoje um símbolo muito utilizado na arte, arquitetura, etc.

Mas há muita informação confusa e errônea à respeito do pentagrama, sendo esse muitas vezes associado à espíritos malignos e a forças das trevas, o que nada tem a ver realmente com este símbolo e sua atuação energética, já que aqui falamos do pentagrama com sua ponta apontada para cima. Esse símbolo é facilmente associado aos celtas e druídas e ao culto à Natureza – para eles, o pentagrama representa os cinco elementos básicos da vida – ou seja, água, ar, fogo, terra e espírito. O círculo em torno da figura da estrela simboliza o universo, que não apenas contém os elementos, mas também os conecta. Para Pitágoras e Hermes Trimegistro, o pentagrama era o símbolo do himeneu celeste: a fusão da alma com o Espírito. Ele atribuía ao número cinco o nome de “número do homem no microcosmo”, pois como o corpo físico do homem tem cinco extremidades distintas e importantes – duas pernas, dois braços e uma cabeça (consciência), dos quais o último governa o primeiro de quatro – o número 5 foi aceito como o símbolo universal do homem.

O homem como microcosmos

Na Medicina Tradicional Chinesa, o pentagrama é visto na representação dos 5 Movimentos, sendo estes decorrentes dos 5 elementos (água, madeira, fogo, terra e metal), todos compondo os movimentos da natureza e do homem, por isso também esse símbolo é usado como sistema de cura nas medicinas orientais, já que quando os movimentos e elementos fluem harmonicamente, homem desfruta de boa saúde, caso contrário, há desarmonia e doenças. Essa compreensão também é aplicada às virtudes, quando bem equilibradas, o homem desfruta de sabedoria.

Bondade estabiliza pensamento. Sinceridade estabiliza conhecimento, Sabedoria estabiliza sensação/sentimento, Polidez estabiliza ação/reação, Justiça estabiliza visão/forma.

Observe como os Elementos são associados à Virtudes e eles compõe o pentagrama. Eu particularmente acho incrível associar os elementos às virtudes, e de como cada ponta da estrela representa uma força condutora para nossa evolução. Mas a representação do símbolo da Estrela de cinco pontas não para por aí! Poucos sabem, mas a estrela de cinco pontas também aparece simbolicamente entre os cristãos. Entre os primeiros fiéis, o pentagrama representava Cristo, a designação do alfa e do ômega, do começo e do fim e os alquimistas medievais compreendiam a estrela de cinco pontas como sinal da “quinta essentia”, o quinto elemento, o éter-fogo, ou ainda o Espírito Santo – o espírito cuja a essência é fogo, o fogo do Espírito Santos de Deus, ou seja, a essência divina.

A Luz do Divino Espírito Santo é Dourada, sendo a força do ensinamento mestre

O pentagrama também simboliza o céu da alma, sendo para o rosacruz o símbolo do novo homem, o homem verdadeiro. A doutrina universal ensina que existem duas almas no homem: a alma natural, cujo desenvolvimento resulta em um ser que pretende o domínio universal, e uma alma original, latente, no centro do ser humano, que suspira por libertação. Cada uma delas possui seus ritmos e suas próprias leis. Mas a nova alma somente pode nascer quando o eu, que se arroga a supremacia, se retira para segundo plano. É um longo processo no decorrer do qual a alma natural passa por profundas mudanças. É “o caminho que, através de espinhos, conduz às estrelas” (per aspera ad astra).

Foi a Estrela de Belém que guiou os Reis Magos até o local de nascimento do mestre Jesus Cristo e também é associada à estrela de cinco pontas. E por que é feita essa associação? Porque o nascimento da nova alma está relacionado com a festa do Natal que tem como etimologia variação do verbo latim Natalis, sendo este derivado do verbo “nascor” que significa “nascer”. Outro símbolo interessante do Natal (nascimento de Cristo) é a Árvore de Natal, uma espécie de pinheiro em espiral ascendente que no topo, recebe a estrela de cinco pontas envolta em um círculo, como uma representação da evolução da consciência rumo ao divino espírito. Assim como Jesus Cristo nasceu, o novo homem nasceu com ele e essa Luz desce no coração humano para purificar e restaurar o conjunto do sistema: o microcosmo e a personalidade que nele habita. O Pentagrama é por tanto, o símbolo do nascimento da nova consciência, de sua ascensão e evolução.

Podemos meditar sob a luz da Divina Estrela de cinco pontas e receber sua influência de cura, purificação e harmonização, mas essa nova consciência só pode nascer em nós se assim permitirmos, se abrimos mão de nossos egoísmos, nosso eu que visa apenas nossos próprios desejos e aspirações pessoais em benefício próprio, sem levar em consideração o que nos ensinam as virtudes, mais nos distanciamos do que de fato viemos fazer aqui. Mas claro que é importante também ter sonhos e aspirações pessoais, mas ao empreendê-los, lembre-se que atalhos não existem. O caminho do meio é reto e se dá através do amor, da justiça e da verdade.

Assim, é chegado o momento em que o coração, cansado de lutar e resistir, reconhece a mão que lhe estende o Amor divino e ousa segurá-La. Como em diversos Evangelhos é dito: chega até ele uma resposta, por meio do Espírito Santo. Em outras palavras, é experimentado o toque do campo de força purificador, renovador e curador. Permita-se ancorar seu pilar de Fé e caminha teus dias com a certeza do bom caminho que escolhestes, pois o Espírito representa ao mesmo tempo uma missão e uma graça.

A Luz sempre nasce na alma, em uma alma quíntupla, à imagem do pentagrama.

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Ahoo!! Que simbologia luminosa! Agora vou compartilho com vocês a Meditação Guiada ESTRELA DE LUZ que tem como foco a Cura e Harmonização dos 7 Corpos através dos Raios de Luz sob a Estrela de 5 pontas.

Artigo por YanRam para O Grande Jardim.

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Símbolos: A Triquetra

Hoje falaremos sobre um dos mais antigos e belíssimos símbolos da antiga cultura celta/druida e seus significados, vem!

Os Círculos da Existência, que também leva o nome de Triquetra é um símbolo muito antigo. A palavra “Triquetra” é uma palavra originária do Latim que é traduzida para o português como “Três Encurralado”. Para os antigos celtas, ela representa um significado especial. O símbolo já foi visto cravado em pedras em diferentes regiões do Norte Ocidental da Europa e também é visto no Livro de Kells, que registra seu significado na história e lenda ancestral desse povo.  Continuar lendo “Símbolos: A Triquetra”

A Relação entre o Sol e a Mente Humana

 

 

O Sol é uma visão tão constante no nosso dia-a-dia que raramente refletimos sobre a sua existência. Ele é uma das razões primárias da existência da vida na Terra. Mas quantos de nós já chegaram a pensar sobre a possibilidade do Sol ser um ser consciente? Quando pensamos na relação que todos nós compartilhamos com o Sol, como  ele pode ser considerado apenas uma bola de gás, quando é responsável por todo florescimento da vida na Terra? Continuar lendo “A Relação entre o Sol e a Mente Humana”

Swastika – O enigmático símbolo universal

Símbolos antigos envoltos de mistérios e as vezes, medo – como a Swastika/Suástica. A primeira impressão pode nos remeter aos nazistas, movimento iniciado por Aldof Hitler, que estigmatizou seu uso na cultura ocidental, mas na verdade ele inverteu o símbolo, criando um novo significado, já falaremos mais disso no decorrer do texto. Mas ao contrário do que muitos pensam, a Swastika é um dos símbolos mais antigos e aparece em várias civilizações antigas ao redor do mundo e em diferentes momentos do tempo há mais de 3 mil anos, representando a vida, o sol, o fogo, o poder, a força e a boa sorte. Na Índia segue sendo um dos mais importantes símbolos religiosos, usado também no Budismo, Hinduísmo e o Jainismo. No Jainismo (Jainism) delineia o sétimo santo e os quatros braços em sentido relógio, simbolizando as quatro possibilidades de locais de renascimento: o mundo animal ou biológico (plantas) ; a Terra ; o Inferno; O mundo espiritual. 

Continuar lendo “Swastika – O enigmático símbolo universal”

A Virgem

 

“Antigas sacerdotisas da lua eram chamadas de virgens. ‘Virgem’ então significava não casada, [mulher] que não pertence a um homem – uma mulher que era “uma-por-si-só”. A própria palavra “virgem” deriva do latim e significa força, resistência, habilidade; e foi posteriormente aplicada aos homens: viril. Ishtar, Diana, Astarte, Isis eram todas consideradas virgens, o que não se referia à castidade mas à independência sexual. Todos os grandes heróis das culturas antigas, míticos ou históricos, eram ditos como nascidos de mães virgens: Marduk, Gilgamesh, Buda, Osíris, Dionísio, Genghis Khan, Jesus – todos eles eram ditos como filhos da Grande Mãe, da Original, o poder mundano deles decorrente Dela. Quando os hebreus usavam essa palavra no aramaico original significava “donzela” ou “jovem”, sem significar castidade sexual. Mas os tradutores cristãos posteriores não poderiam conceber a ideia da “Virgem Maria” ser uma mulher independente sexualmente, então nem é preciso dizer: eles distorceram o significado da palavra para sexualmente pura, casta, nunca tocada.”

– Monica Sjöö, The Great Cosmic Mother: Rediscovering the Religion of the Earth

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