O despertar para a Verdade, o Caminho e a Vida

Os que acompanham este humilde blog sabem que este projeto existe desde 2015 e que tudo começou com uma vontade ardente de realizar estudos sobre a espiritualidade e compartilhá-los com quem também estivesse em busca de conhecimento. Aqui reuni com a ajuda de amigos colaboradores muitos saberes do Mundo Antigo e da Nova Era, mas hoje o que venho compartilhar com vocês é um pouco da minha história pessoal e como todos esses estudos me levaram à experiências em diversas religiões. Ao longo desses anos eu nunca deixei de buscar Deus e achei que o havia encontrado por meio de cultos à entidades e à espíritos. Mas em minha vã ignorância, eu que achava que sabia de algo, eu que achava que havia encontrado a verdade, me deparei com profundos desafios desde a pandemia de 2019 e de fato, sei que não sou a única que enfrentou desafios, mas sim que para muitos esses últimos anos não foram nada fáceis.

Mas tais tribulações me levaram à novas reflexões e há uns meses atrás escrevi um artigo aqui sobre o Perdão, pois tive experiências pessoais de cura e libertação profundas que vieram do cultivo dessa virtude e a partir daí, passei a ser tocada de uma nova maneira por Deus. E é engraçado pensar que há muitos anos eu já fazia algumas meditações de perdão, mas hoje vejo que nunca havia orado para isso, e meditação alguma abriu meu coração como orar, que foi o que passou a acontecer nos anos de 2020 e 2021. Perdoando passei a compreender como eu também precisava ser perdoada por Deus. Ao perdoar os que me feriram percebi como eu mesma havia ferido muitas pessoas ao longo de toda minha vida, e que eu não era melhor dos que haviam se voltado contra mim. Fui assumindo os meus erros, tomando responsabilidade por tudo aquilo que eu havia causado na vida dos outros e na minha própria vida e às lágrimas me coloquei de joelhos, pedi redenção e ajuda à Deus.

Aí, nesse momento, de coração partido e em estado de humildade, por me perceber tão pequena perante à Deus, como uma criatura que havia se deixado levar toda a vida por desejos provindos do próprio egoísmo e satisfação pessoal, eu percebi que eu não sabia de nada do que eu propusera saber, de tudo que eu havia estudado (e até compartilhado com vocês), não era simplesmente nada perante à glória de Deus, pois a sua amorosa face se voltou para mim quando O busquei em oração, e além de me perdoar, o Senhor passou a me inspirar e ensinar muita coisa através da Bíblia Sagrada. Me mostrou que tudo que eu pensava ser um conhecimento tão precioso não passavam de saberes terrenos, saberes estes que inflam nossos egos e que nos incentivam à fazer aquilo que queremos fazer porque queremos e ponto. Ensinos e práticas religiosas que nos incentivam à buscar nossas próprias vontades, desejos e a realizá-las através de oferendas à entidades espirituais ou lei da atração, impondo nossa vontade à vida sem nos perguntar se isso que queremos é realmente o melhor para nós ou para os que nos rodeiam. Como isso que eu quero afeta a minha vida e a dos demais. E aí, ficou bem claro para mim: o ocultismo e práticas magisticas nada mais são do que uma tentativa egoísta nossa de realizar as nossas próprias vontades sem nunca nos perguntarmos a vontade de Deus. Aqui você até pode argumentar de ‘Ah, mas quando eu consulto uma entidade/espírito ela diz o que é bom ou mal para mim e me orienta como fazer a melhor escolha ou da melhor forma’.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – João 8:32

Ok, mas será que essa entidade/espírito tem intuito realmente benéfico para você ao te dar tal orientação? Você sabe quem são esses seres verdadeiramente? E você quem pensa que é para bater no peito e querer realizar somente à tua vontade e pensar somente em você? Você quer ser o deus da sua vida e decidir todos os seus passos, realizar todos os seus desejos e acredita que isso é que te trará felicidade. Vã engano, pois nada do que é terreno realmente te preencherá, jamais. Tão pouco você é deus ou esses outros espíritos o são. Na verdade, somos criaturas de Deus e esse vazio só pode ser preenchido quando nos voltamos para Ele.

E talvez você já até tenha percebido, mas também pode ser que isso que eu vou falar agora ainda seja inconsciente para você, mas o quanto mais você busca preencher esse vazio com coisas daqui da terra.

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mateus 6:19

Buscando realizar suas próprias vontades, você vai passando por cima de tudo, inclusive do mundo espiritual, você cada vez mais ambiciona acumular esses “tesouros”, mais e mais você passa a querer poder e conhecimento para criar e manipular a realidade. Será que você consegue perceber? Você quer manipular a energia, a vibração, os espíritos, os anjos. Você consulta os astros, as entidades, os oráculos. Você faz frases afirmando o que vai acontecer, “atraindo” as coisas e situações. Eu entendo que você queira manter um controle sobre a sua vida. Mas será que você percebe? Você quer impor tudo e todos à se submeterem à sua vontade sem nunca, nem por um momento, se questionar “será que essa é a vontade de Deus?” ou até mesmo “será que essa é a minha verdadeira vontade?”. Os desejos que você tem, de onde eles vem senão do mundo que os incita em você? Pode parecer duro isso que estou dizendo, mas reflita por um instante.

Pode ser que nessa altura desse artigo você já se sinta insultado e queira fechar essa página. Mas me diz aqui, você se considera sábio?

Pois eu te digo, se o sábio der ouvidos ao que Deus diz, aumentará seu conhecimento, e quem tem discernimento obterá orientação. Provérbios 1:5

E qual é a vontade então de Deus? Que sigamos a Palavra e Teus mandamentos. É incrível de tão simples. Me impressiona pensar agora o quanto eu vaguei para descobrir, para compreender. Mas mesmo sendo simples, não deixa de ser desafiador. Para caminhar com Deus é necessário se perceber criatura – e não criador, ou co-criador rs – e voltar a sua vida à Ele. Colocá-lo ali, onde ele merece estar, no altar da sua vida.

Hoje consigo perceber que todas essas voltas e voltas que dei no mundo da espiritualidade era o propósito de Deus para minha vida, que eu vagasse por aí, buscando Ele mundo afora até que eu me percebesse simplesmente uma mera humana mortal, pequena como um grão de areia, cheia de falhas e erros, pois eu consultava espíritos, oráculos, astros que justificassem minhas ações e acreditava que aí estava a verdade, que aí estava a minha evolução, pois eu realmente acreditava que fazer as coisas do meu jeito me levaria para frente, mas na realidade, ao insistir nesse caminho eu continuaria escrava da lama do egoísmo e do pecado. Perceber isso ao mesmo tempo dói, mas também me liberta.

E é afim de libertar você também que me acompanha por aqui que escrevo esse artigo. Assim como encontrar a Deus me apontou a Luz da Verdade e como encontrar pessoas que também o encontraram me fortaleceu, escrevo essas palavras.

Pois nada tem de evolutivo continuar de olhos fechados para o maior sacrifício que Deus já fez por nós, o Pai que é tão misericordioso e amou o mundo de tal maneira enviou seu Filho amado, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). Deus nos ama tanto que Ele deu seu maior tesouro para estar conosco: seu único filho, Jesus. Cristo, que morreu e ressuscitou para que conheçamos o amor de Deus, que restaura, corrige e transforma a vida.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida – João 14:6

Jesus Cristo, o único filho de Deus, imolado sem pecados, deu sua vida na cruz lavando toda nossa ignorância e pecados com o seu preciosíssimo Sangue. Ignorar isso é o mesmo que ignorar o amor de Deus, tudo que ele fez e criou. Essa vida que você vive, você a recebeu da graça de Deus e pela graça de Deus é que você acorda todos os dias, é pela graça de Deus que você pode viver e aprender. Se foi Deus que te deu a vida, essa vida não é sua – mas de Deus que lhe concedeu o livre-arbítrio para fazer as suas escolhas e render-se ou não à vontade de Dele.

Eu me rendi, completamente – tudo na minha vida é de Dele e para Ele, e este blog está incluso nisso. Vi tudo se tornar novo em minha vida depois que abandonei todos essas práticas espirituais. Eu tardei, mas compreendei que nunca existiu e jamais existirá alguém como Jesus Cristo, pois à ele foi dado todo o poder no céu e na terra.

E que poder é esse? O poder de nos curar e libertar. Com o sacrifício de Jesus, a vida nunca mais nos será tirada pois com Ele jaz a vida eterna. O Sangue de Jesus nos redime e purifica dos nossos pecados, como também, fortifica a nossa vida para que tenhamos fé, sentido e direção.

Antes de Jesus Cristo, estávamos presos nos enlaces e ilusões do mundo, não conhecíamos a Verdade, tão pouco o Caminho e a Vida. Éramos escravos do demônio, que é Satanás, o qual foi expulso do céu por Deus e que caiu na Terra com sua legião de demônios. Estes seres habitam a Terra até hoje e são eles que inspiraram os homens ao ocultismo, a adoração à entidades e a doutrina dos espíritos – estes seres se transvestem de luz, nos fazem acreditar que eles são da parte de Deus, mas na verdade, tudo o que eles querem é justamente nos desviar do caminho de Deus. Eu falo isso com embasamento espiritual e a partir do conhecimento das escrituras.

E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em anjos de justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” II Cor 11:14, 15.

Eu realmente acreditava que seguindo essas religiões, essas entidades, esses saberes, eu estava me alinhando espiritualmente. Eu acreditei durante muito tempo que esses “seres de luz” estavam à serviço do Deus, mas eles não estão e foi à duras penas que percebi isso. Eles são legiões de demônios. Hoje eu vejo isso como vejo claramente a luz do dia, todas essas falsas doutrinas não passam de enganação, pois o que Deus quer de nós, a sua verdadeira vontade é que nós cresçamos em virtudes, discernimento e retidão. Ele não nos quer escravos de seres que nos incentivam ao egoísmo, à nossa própria vontade e desejos carnais, e seguir nisso é manter-se escravo. Deus nos quer livres e conscientes.

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Oseias 4:6)

A vontade de Deus é que tenhamos consciência das nossas escolhas e consequências, que saibamos ser mansos e humildes de coração. Que reconheçamos nosso papel humano. Que sejamos misericordiosos e solidários com nossos irmãos. Que reconheçamos a Sua face em todas as criaturas e situações da vida.

Em João 1:4 está escrito “Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa Jesus não procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo.”

O mundo jaz na mão do maligno. Somos ensinados a competir, à buscar riquezas que nos dignem como seres humanos e satisfazer toda ordem de prazeres da carne e até mesmo destruirmos uns aos outros e ao meio ambiente no caminho. Então, cuidado. Tenha discernimento para ver o que realmente está no seu altar. Muitos tem o dinheiro, a vaidade, o desejo de controle, a luxúria e o egoísmo no altar e não se dão conta disso. Faça um bom exame de consciência e busque compreender o que te leva a usar dessas práticas “espirituais” na sua vida e pare agora de invocar entidades, fazer magia, oferendas e a usar a lei da atração, pare de querer fazer só a sua vontade, busque o Senhor e confie na vontade Dele, pois Ele é o criador do céu e da terra.

Isaías 44:24-28

Assim diz o SENHOR, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra; que desfaço os sinais dos profetizadores de mentiras e enlouqueço os adivinhos; que faço tornar atrás os sábios, cujo saber converto em loucuras; que confirmo a palavra do meu servo e cumpro o conselho dos meus mensageiros;

Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há outro Deus. 

~*~

Pela nova e eterna aliança, eu agradeço imensamente ao Senhor pois olhou para esta humilde criatura e a acolheu em teu seio fraternal; me amou muito antes que eu o amasse e me chamou para caminhar junto à Ti. Jesus Cristo é o Senhor. Aqui está o meu sim.

Artigo escrito por YanRam para O Grande Jardim.

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O Poder Curativo do Perdão

Todos nós, durante a nossa vida, desde o momento de nossa concepção no ventre materno, sofremos influências de acontecimentos que nos marcam mais ou menos profundamente: traumas, mágoas, etc. Muitas vezes não percebemos sua influência em nossa vida, pois são conteúdos que ao longo do tempo permanecem em nosso subconsciente e por isso mesmo, podemos ter dificuldade de identificá-los, combatê-los e principalmente, curá-los. Dentre tudo o que nos bloqueia, uma das coisas mais frequentes é a mágoa para com os irmãos, para consigo mesmo e até para com Deus.

Trazendo isso para uma perspectiva individual e coletiva, vamos lembrar de como atualmente vivemos em um mundo globalizado que sempre tem alguma crise no horizonte, seja ela uma possível recessão global, guerra, COVID, climas políticos cada vez mais polarizados, enfim… Parece que estamos mais em desacordo com nossos semelhantes do que nunca. A mídia social tornou ainda mais fácil para amigos, parentes e estranhos nos ofenderem. Mas e se guardar rancor estiver impedindo você de encontrar a verdadeira paz e felicidade? Dizem que “o ressentimento é como beber veneno e esperar que a pessoa morra ”. Se o ressentimento é um veneno, talvez o perdão seja o antídoto.

Para ilustrar bem o que estamos falando, vamos usar um exemplo de perdão público de nossos tempos que chocou a sociedade, mas que tem muito a nos ensinar. O congressista da Geórgia, John Lewis, é um ativista dos direitos civis afro-americano que sofreu uma opressão indescritível no sul americano racialmente dividido da década de 1960. Cerca de 30 anos depois de ter sofrido uma surra severa por defender a solidariedade pela igualdade racial, ele escreveu um (agora famoso) artigo de opinião para  o The New York Times após a morte de um de seus perseguidores políticos mais declarados.

No artigo, Lewis surpreendeu à todos quando ofereceu palavras não de ódio contra o homem, mas de alívio e perdão de bom coração.

Caso você não esteja familiarizado com esse detalhe específico da história americana, o ex-governador do Alabama, George Wallace, foi considerado por muitos como uma das vozes mais firmemente segregacionistas da época. Mas em vez de envergonhar o legado de Wallace em um dos jornais de maior circulação do mundo, Lewis (que cresceu assistindo Wallace promover a divisão entre negros e brancos no cenário nacional), perdoou aberta e publicamente seu ex-arquirrival para grande surpresa do povo americano. Lewis destacou a incrível transformação que observou em Wallace depois de finalmente conhecê-lo pessoalmente pela primeira vez em 1979. Lewis escreveu sobre como Wallace havia mudado e agora buscava perdão por tudo o que havia prejudicado, expressando profunda tristeza e remorso pelo que havia feito.

Lewis se lembra de ter sentido um profundo sentimento de empatia por Wallace em seu estado de humilde remorso, levando-o a perdoar Wallace ali mesmo. A beleza dessa troca e como ela amoleceu o coração de ambos os homens, abrindo a porta para a verdadeira reconciliação, é capturada nesta simples frase escrita por Lewis:

Quando conheci George Wallace, tive que perdoá-lo, porque fazer o contrário? Odiá-lo? Apenas perpetuaria o sistema maligno que procuramos destruir.”

John Lewis para o New York Times.

O perdão promove a reconciliação e a paz

Depois disso, não importava mais todas as coisas horríveis que Wallace havia feito durante seu mandato político para lutar contra os direitos civis; pelo menos não em termos do legado que ele deixaria na mente de Lewis. Isso porque Lewis, como admitiu abertamente em seu artigo, reconheceu no fundo do coração que todo ser humano tem a capacidade de mudar para melhor.

E mais importante, que a graça e o perdão são os motores mais poderosos dessa mudança. Não só naqueles a quem são concedidos, mas também na pessoa que os concede.

Esta é a essência do perdão: estender a graça aos outros e deixar de lado as maneiras pelas quais eles o prejudicaram, a fim de promover a reconciliação e a paz.

No caso de Lewis, o perdão talvez tenha vindo muito mais fácil porque Wallace não era mais o que era antes, pois havia aberto olhos para o fato de que seus erros anteriores precisavam ser corrigidos. Mas mesmo que Wallace não tivesse passado por essa dramática mudança de vida, o perdão ainda seria do interesse de Lewis. Não apenas por causa de sua consciência, mas também por sua própria paz de espírito.

O perdão é a mais pura expressão do amor, pois é a compreensão de que cada ser age conforme à consciência que possui naquele dado momento e de que todos possuímos as falhas e imperfeições, mas que também estamos em eterno aprendizado e desenvolvimento. Perdoar é libertar o seu ser e o outro. É aprender e deixar o outro livre para aprender também.

Guardar rancor corrói você

O perdão é uma via de mão dupla. Tem o poder de curar tanto o perdoador quanto o perdoado, e isso é algo que muitos de nós muitas vezes esquecemos. Guardar rancores e reprimir emoções negativas que vêm de ressentimentos do passado só piora a situação para aquele que foi ferido em primeiro lugar, e no final, isso te corrói emocional e fisicamente. Sabemos que o corpo físico é totalmente influenciado por nossa psique, nossa saúde é integral e envolve todas as partes do nosso ser constituído. O rancor e a mágoa pode desencadear diversas doenças psicossomáticas e influenciar negativamente a forma como interagimos com o mundo e com a própria vida.

Para encontrar a libertação e superar as feridas do passado, é absolutamente vital aprender a perdoar aqueles que o prejudicaram e deixá-lo ir. A Bíblia descreve esse processo como “oferecer a outra face”, que envolve não apenas tratar os outros como você gostaria de ser tratado (mesmo quando eles o tratam de maneira injusta), mas também reconhecer que todos nós somos imperfeitos e precisamos de perdão.

Na prática, é agir em amor e desapego. Seja deixando de lado a raiva, o ressentimento, a amargura ou um sentimento de necessidade de “se vingar” de alguém por magoá-lo ou traí-lo. Quando você deixa de perdoar, acaba se machucando mais do que a pessoa que te machucou. Mas quando você aceita o perdão, você libera toda a dor, angústia e bagagem que, se não forem curadas, interferem em seu bem-estar emocional, espiritual e físico.

O perdão sana as feridas do coração

Vemos ainda hoje tantos corações endurecidos e amargurados nesse mundo e se formos listar aqui todas as reverberações disso em nível coletivo e individual este artigo não teria fim. Mas percebe como uma emoção leva à outra? Como somos influenciados diretamente pelo o nosso coração? Da mágoa e do ressentimento surge o medo, a aflição, a raiva, etc. Agora imagine suas emoções como uma esfera de energia, crescendo e expandindo, tocando a forma que você vê e lida com a vida.

Agora eu te pergunto, te surpreende ainda haver tantas guerras e conflitos nas relações humanas? rs. Será que algo seria diferente se houvesse mais perdão na sociedade? Por esse belo exemplo que trouxemos de John Lewis, eu acredito que sim.

Mas o perdão é um ato deliberado da nossa vontade – é só se quisermos.

Temos de decidir, tomar essa decisão para perdoar as pessoas que nos ofenderam, as que nos maltrataram, as que nos magoaram, as que nos injustiçaram, que nos roubaram. Perdoar está além do nosso sentimento, está além de nossas suscetibilidades. E talvez seja essa uma das razões do porque perdoar possa ser tão difícil as vezes, pois para tal, precisamos aceitar nossas vulnerabilidades, nossos medos e fragilidades. É preciso abrir o coração. Como já dizia Bob Marley, “ser vulnerável é a única maneira de permitir que seu coração sinta a verdadeira alegria“, e abrir o coração na jornada espiritual, muitas vezes significa também quebrá-lo, ou seja, permitir ser atravessado pela dor, aprender com ela e transformá-la em amor e perdão.

É na abertura do coração ao amor e ao perdão que somos agraciados com uma vida de paz e felicidade verdadeira, pois agora já não nos pesam mais as feridas, agora já aprendemos a ter compaixão e humildade.

Mesmo que você não consiga esquecer, aprenda a perdoar

O velho ditado “perdoe e esqueça” soa bem, mas vamos encarar: esquecer nem sempre é viável. Traumas emocionais e físicos graves podem causar danos duradouros. Tanto que esquecer verdadeiramente que eles aconteceram às vezes é uma impossibilidade. Perdoar aquela pessoa que te feriu também não significa necessariamente uma reaproximação.

Mas a parte do perdão é sempre  possível e é a única maneira de finalmente liberar a dor e a opressão causadas por aquela ofensa “imperdoável”. Lembre-se: não se trata de  justificar o mau comportamento de outra pessoa contra você, mas sim  liberar  toda a energia negativa que ela enviou para você, a fim de que você encontre a paz. Isso, por sua vez, ajudará seus outros relacionamentos, promoverá o seu bem-estar espiritual e psicológico, reduzirá o estresse e a pressão sanguínea, aumentará sua imunidade e ajudará a trazer alegria e felicidade duradouras à sua vida.

Algumas dicas úteis para aprender a perdoar:

  • Reflita sobre suas próprias falhas e pense em situações em que você precisou do perdão de outra pessoa. Fazer isso o ajudará a ter empatia por outra pessoa que pode precisar do seu perdão.
  • Considere o valor imensurável e o poder do perdão, tanto para você quanto para os outros.
  • Pare de pensar em si mesmo como uma vítima e comece a assumir uma postura moral elevada em todas as situações em que se sentir ofendido ou prejudicado. Fazer isso ajudará a liberar o controle opressivo que a ofensa de outra pessoa exerce sobre sua vida.
  • Escolha ativamente perdoar para perpetuar uma cultura de reconciliação, cura e paz. Ahh como nosso mundo precisa dessas coisas, não é?

Em uma nota final e importante…

Frequentemente, os “rancores” mais prejudiciais que guardamos são contra membros de nossa própria família e amigos do passado, cujas transgressões contra nós anos ou décadas atrás são ainda mais dolorosas porque eram pessoas em quem confiamos.

E muitas vezes essa raiva e angústia prejudiciais estão enterradas tão profundamente que não percebemos o quanto isso está nos prejudicando. Isto é, até que conscientemente “olhemos nos olhos” do nosso coração, reconheçamos a raiz do sofrimento e decidamos deixar ir e perdoar.

~*~

Artigo elaborado por YanRam para O Grande Jardim.

Fontes: The New York Times; Wake Up World; Aprendizados pessoais e estudo do livro “Na força do Amor e do Perdão” de Maria Gabriela Oliveira Alves, editora Palavra & Prece.

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Paciência: A Ciência da Paz

“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.” ~ Confúcio

O Universo existe há aproximadamente 5 bilhões de anos e há 4,5 bilhões de anos deu luz à esse grande jardim, a Terra. Os primeiros registros históricos de nós, seres humanos caminhando nesse jardim se dá em 2,5 milhões de anos. É isso mesmo o que você leu, estamos aqui aprendendo e nos desenvolvendo há DOIS E MEIO MILHÕES DE ANOS!! Quando paro para refletir sobre isso, esse nosso momento contemporâneo se parece mais como um arco no tempo, dentre muitos arcos. Caminhamos uma longa jornada até aqui, não é mesmo? Começamos nas cavernas, desenvolvendo os sentidos, como a linguagem e fomos nos aprimorando em grupos, culturas. Descobrimos como manipular o fogo, a terra, o ar, a água. Expandimos nossa consciência e obtivemos a noção de Deus. Criamos leis, governos e religiões e hoje vivemos a globalização. Uma era digital em que podemos obter conhecimento sobre muitos assuntos e nos conectar com pessoas ao redor do mundo.

Com toda a evolução e mudanças desenvolvidas nos diferentes arcos dos milênios que atravessamos até aqui, nossa percepção de tempo mudou muito. Antes levava dias e até meses para chegar ao nosso destino final em uma viagem de média distância. Hoje, em poucas horas chegamos. Você se lembra que antes para mandar uma mensagem pra alguém só era possível por carta e que você teria que esperar semanas e até meses para obter uma resposta? Você se lembra que antes do desenvolvimento da ciência e medicina moderna, muitos de nós padecia por gripe ou por não ser possível receber uma cirurgia? Pois é, muito mudou desde nossos primeiros dias aqui na Terra. Mas é claro que com os avanços também enfrentamos dificuldades, e então, novos problemas surgem afim de continuarmos melhorando e evoluindo.

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Temos vivido grandes avanços tecnológicos e muito da nossa percepção de tempo tem sido modificada através das novas tecnologias, como o uso de smatphones. Inclusive, passamos a nos sentir cada vez mais ansiosos com a quantidade e velocidade das informação que recebemos. Temos nos tornado distraídos e com pouca capacidade de concentração. Pesquisas científicas recentes já demonstram dados alarmantes de como o uso das redes sociais influencia negativamente na nossa cognição, como já discutimos em outro artigo super relevante aqui. Outro ponto a ser considerado do nosso tempo histórico é o sistema Capitalista e seu formato atual, que pra mim, é totalmente irracional. Já falamos disso no artigo A ansiedade e a depressão como consequência do Capitalismo Irracional. Então, realmente ainda temos MUITO o que trabalhar como humanidade, isso é inegável e compreender isso, é uma das chaves para manter a chama do nosso coração acesa, caminhando ativos e vibrantes em nossas missões.

“Eu sou o templo do tempo. O tempo acontece em mim.

No meu rosto, na minha pele” ~ Flaira Ferro

Mas já que pudemos ver em larga escala tudo que caminhamos até aqui como humanidade e compreendemos que a mudança é uma constante, te convido agora à olhar para você e a sua história, o quanto você já caminhou até aqui? Tudo que você desenvolveu e aprendeu através dos erros e acertos da dualidade da vida aqui na Terra. Olhe para além das suas tristezas e culpas. Observe você e a sua história com amor nesse momento. É impressionante, não é mesmo? No seu arco de tempo dentre os milhares de arcos nessa contínua espiral milenar da vida. Olhe para além do futuro, esteja aqui agora, respira. Sente o seu corpo! Esteja aqui comigo. Estamos explorando juntos a nossa noção, percepção, ciência do tempo e a sua relação com a virtude da PACIÊNCIA.

Adote o ritmo da natureza. O segredo dela é a paciência”. ~ Ralph Waldo Emerson

Gira o mundo, continua girando e sempre vai girar…

A vida na Terra é regida através dos ciclos da natureza e nós estamos profundamente conectados à esses ciclos e quanto mais observamos o fluxo natural do tempo e do nosso desenvolvimento pessoal e coletivo, somos capazes de perceber as nuances e os diferentes momentos que vivemos. Tal como por exemplo, as estações: o novo sempre nasce na primavera, amadurece no verão, têm seu declínio no outono e permite à morte-renascimento no inverno. Mas compreendemos também que com o aquecimento global, as estações não vêm se manifestando de forma tão precisa e distintas entre si, principalmente dependendo da região no planeta que você está, mas as características primordiais de cada estação se fazem presentes e nos convidam na dança no tempo à integração. Integrar significa unir – sem excluir – aquilo que somos, que fomos e que ainda viremos à ser com a compreensão de que nossa essência Eu Sou já é e já está em perfeita harmonia com o Todo. Mas o que frequentemente acontece é nos sentirmos separados da Vida, dos ciclos da natureza e dos nossos próprios ciclos. Frequentemente, isso pode nos gerar uma sensação de solidão ou de que falta algo, o que por sua vez, pode gerar um falso sentimento de desamparo e uma pressa avassaladora de resolver todos os seus problemas e os problemas da humanidade. Mas não é bem assim que a dança do tempo é ritmada…

O CULTIVO DA PACIÊNCIA

Assim como uma semente leva tempo para germinar, criar raízes, formar um caule, dar folhas, flores e frutos assim também é nossa vida e nossos processos de cura. Se tentamos apressar as etapas, podemos acabar por não colher os frutos desse plantio. Pois é justamente nos intervalos entre as etapas que a sabedoria conta os seus segredos àqueles que tem a paciência de esperar para ouvir.

Por quê a pressa? Já que o chamado despertar acontece à todo momento. Se apresenta em variadas formas e sentimentos. À cada despertar, à cada novo insight e compreensão, um novo mistério nasce. Cada vez isso têm me aparecido como uma das grandes belezas de estar aqui na Terra. Mas no dia-a-dia, na arena do cotidiano, como é que isso nos toca e sensibiliza? Será que não nos restringimos ao ritmo acelerado da nossa rotina hiper conectada e hiper ativa? Talvez seja isso também que gere a irritabilidade, que pode ser visto como um nível de sensibilidade e ansiedade tão forte que tudo é capaz de nos irritar e nos tirar do nosso eixo, o que com o passar do tempo pode inclusive gerar doenças psicossomáticas, como alergias, gastrite e tantos outros problemas interpessoais. Mas será que quando estamos conversando com uma pessoa ou estamos em alguma situação, somos capazes de frear a pressa dos nossos pensamentos e desejos? Será que realmente conseguimos estar presentes nas situações corriqueiras do cotidiano? Será que conseguimos ser pacientes com nós mesmos e com a vida?

Essas são indagações que há muito venho me fazendo, desde que iniciei meus estudos espirituais e muitos desses, compartilhados com vocês aqui no Grande Jardim, eu nunca encontrei nada mais eficiente do que a Presença, esta sendo como o terreno fértil e fundamental para o cultivo da paciência e de toda e qualquer outra virtude. A paciência fala de saber aguardar em paz. É sobre perseverar mesmo em meio à incertezas. Para cultivar a paciência, temos a meditação como uma forte aliada, pois tem o potencial de nos colocar ali, presentes, observantes. Assim como a meditação, há outras práticas que você pode utilizar como chaves no desenvolvimento da presença e da paciência, tais como práticas corporais como esportes, caminhada, dança, massagem, yoga. Como também trabalhar o seu foco e sentidos ao comer, ao falar, ao sentir um cheiro, ao ouvir o outro, a ouvir os pássaros cantar. Enfim, as possibilidades de cultivo são infinitas, basta você se tornar consciente que existe um ritmo natural e se conectar com o agora e, principalmente, com a consciência serena de que tudo flui em um ritmo próprio. Até através da sua respiração, você pode cultivar a sua presença, e por consequência, a paciência de dançar com o ritmo do tempo. Aplique essa noção também à você, aos seus projetos e sonhos, apreciando cada passo, cada momento. Faça isso e observe lindas transformações acontecendo em você e na sua vida. Caminhe sem pressa de chegar, pois a felicidade já é o caminho.

Quando nos fazemos presentes, deixamos de lado nossas falsas urgências e nos tornamos capazes de desfrutar o agora. É ir além do nosso acompanhamento mental das situações e das repostas automáticas que estamos condicionados a dar. É cultivar o agir ao invés do reagir. É se abrir para sentir a vida que te rodeia, a vida que pulsa dentro de você e em todos os seres. É estar consciente em suas relações com as pessoas e com o mundo. É reconhecer que tudo têm o seu tempo e quando somos capazes de observar, somos também capazes de captar as orientações e ensinamentos que a vida vêm compartilhar. Cultivando a paciência, podemos ir para além de nossa ansiedade e viver uma experiência mais profunda como seres humanos aqui na Terra, conscientes que haverão dias luminosos e sombrios na nossa jornada, o tempo algumas vezes pode fechar, mas o Sol está aqui, brilhando para além das nuvens. Brilhando para além da mente. Radiando e nutrindo o nosso coração, orientando nossas ações, plantios e colheitas.

A ciência da paz, essa virtude maravilhosa que acima de tudo, nos ensina a humildade de viver e aprender nesse maravilhoso planeta também nos convida à apreciar tudo que já está aqui agora e toda nossa jornada! Contemplar e agradecer. Observar o que precisa ainda ser melhorado, arregaçar as mangas e trabalhar em conjunto com o fluxo natural em prol disso.

Sou grata muito grata por estar aqui. Grata à cada um de vocês que leem, comentam e compartilham as sementes desse blog. Nos amo! Vamos juntos ❤

Artigo por YanRam com muito amor para O Grande Jardim.

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7 Formas que a sociedade atual usa para alimentar o medo

“O medo é a dor que surge da antecipação do mal” ~ Aristosteles

Método 1: Más Notícias

A sociedade em que vivemos está quebrada e ruindo há muitos anos, e isso não é segredo pra ninguém, nós todos sabemos isso. Há muitas teorias e indagações sobre o porquê desse estilo de vida estar dando tão errado, já falamos sobre isso antes aqui no Jardim. Leia também: Seu estilo de vida já foi designado – Vivendo no Séc. 21

Mas hoje vamos falar sobre os métodos usados (nefastos ou não) para nos alimentar com o medo e seus efeitos prejudiciais e desastrosos em nossa vida psicológica e consequentemente, no sistema como um todo.

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