Podemos nos comunicar através dos sonhos?

“Quando você pega no sono, você vai além da presença de si mesmo para a sua verdadeira presença. Você não é apenas “você”. Você é o céu e o oceano profundo. O seu poderoso “tu”, o qual é 99% dos cem, é o oceano, o mergulhamento no milhões de “tu” dentro de você. “~ Rumi Nós temos a capacidade de nos comunicarmos telepaticamente uns com os outros enquanto dormimos e sonhamos. Essa fenômeno, conhecido como Telepatia do Sonho, é muito mais comum que pensamos, e ultrapassa os limites da coincidência. Se considerarmos quantas vezes já sonhamos com um amigo que de repente, nos contata posteriormente, ou ouvimos um som antes que o mesmo se manifeste, como um trovão que vem dos céus e entra no sonho, talvez começaríamos a repensar a comunicação, e como ela não está restrita às palavras. Desde cartomantes à físicos, todos confirmam o fato de que a informação é transmitida além de todos os canais de nossa percepção sensorial regular. O estado do sonho tem sido estudado em diversos contextos, como telepatia e pré-cognição exatamente por ultrapassar o reino dos cinco sentidos. 

A primeira pessoa a usar o termo “sonho telepático” foi Sigmund Freud em seu livro “The Uncanny and the Occult”. Baseado em estudos com diversos pacientes, ele chegou à conclusão de que a telepatia é um fenômeno real. Entretanto, ele não restringe as ocorrências apenas aos estados de sonho. Mas ele foi precipitado ao descartar qualquer proximidade com o sobrenatural dizendo: “Já que os sonhos por si só já são um grande mistério, eles tem intima conexão com outros mistérios desconhecidos”. Já Carl Jung, que inicialmente foi aluno de Freud, tem a visão de que a mente consciente e inconsciente estão juntas, ligadas em nossos sonhos, algo que ele chama de “Individuação”. Nesse refúgio do sonho, a ponte entre a mente individual e a mente coletiva se constrói.

Você gosta do nosso conteúdo? Apoie nosso trabalho doando a quantia que sentir no coração. (campo de doações no fim da página).

sleep-Art-by-Andrew-Wyeth-Jamie-Wyeth-and-N.C.-Wyeth-e1457934322746

Os Experimentos de Montague Ullman e Stanley Krippner Uma experiência realizada nos anos 60 que atraiu bastante atenção ao tópico foi realizada por Montague Ullman e o Dr. Stanley Krippner. Eles começavam a explorar ainda mais o potencial  da telepatia em sonhadores em sua pesquisa científica.  Para isso, foi necessário grupos denominados como “emissores” e “receptores”. O emissor e o receptor selecionados aleatoriamente se encontravam em um certo período de tempo antes de serem separados em diferentes quartos para dormir. Um envelope fechado com uma imagem ou desenho era mantido na sala do emissor, e no intuito de assegurar o sigilo do tópico, o emissor só poderia obter o envelope antes de dormir. Eles, então, concentravam ou “enviavam” a mensagem visualizando-a.  Já havia sido observado através dos anos de pesquisa que as pessoas eram capazes de lembrar seus sonhos se despertassem durante o período do Movimento Rápido dos Olhos (R.E.M.). Por isso, o receptor era despertado logo após R.E.M. a favor de relatar seu sonho. Em uma ocasião particular, todos os “receptores” sonharam com uma pintura popular de Edgar Degas conhecido como “Escola de Dança”. Retratando uma escola de dança com meninas e as mulheres. Os resultados foram surpreendentes. sleep-tele-school-of-dance-e1457934309543.jpg De acordo com Krippner, os receptores relataram sonhos que quase se encaixam exatamente com a descrição do quadro, incluindo frases como “Eu estava em uma classe composta de talvez meia dúzia de pessoas, parecia uma escola” e “Houve uma menina que estava tentando dançar comigo”.  Outro grande experimento ocorreu no dia 15 de março de 1970. Esta sessão aconteceu em lugar interessante: um concerto de rock  da banda Holy Rounders. Todo o público que estava no concerto havia sido selecionado previamente para serem emissores telepáticos. Um artista chamado Jean Millay preparou os emissores instruindo-lhe como e o que visualizar, com a ajuda de um grupo de artistas que criou o show de luzes para o concerto. Depois de dar aos emissores um simples conjunto de instruções verbais, o show de luzes começou. Projetores de cores foram usados para projetar em uma tela grande um filme sobre as águias e os seus hábitos de nidificação, bem como várias outras aves, incluindo algumas mitológicas. O filme foi exibido enquanto a banda tocava a canção  “If You Want to be a Bird/Se você quer ser um pássaro”. Havia cerca de 5 voluntários receptores dessa vez, localizados há milhas de distâncias dos emissores. Todos os receptores estavam cientes do local do show e foram instruídos a gravar seus sonhos a partir da meia noite, que era o momento em que as visualizações começariam a ser enviadas à eles. Eles reportaram visões surpreendentemente similares. Uma dos receptores, a Helen Andrews disse “algo mitológico, como um griffin ou uma fênix”. Outros participantes tiveram impressões de serpentes, uvas e “um embrião em chamas”. Richie Havens, um cantor e artista que também participou, relatara visualizar “um certo número de gaivotas voar sobre a água.” Segue abaixo um curta documentário sobre o Laboratório do Sonho de Maimonides e algumas das suas experiências. (Há legenda disponível em inglês. para traduzi-las basta ir em traduzir legendas > PT. em Detalhes)

 A sessão piloto com a banda The Grateful Dead

Em uma sessão piloto, Ullman e Krippner usaram alguns membros da aclamada banda americana Grateful Dead. Seis concertos foram envolvidos neste estudo, todas realizadas no Capitol Theatre de Nova York, há aproximadamente 45 milhas de distância do que era o laboratório de sonhos no Centro Médico Maimonides. Outra experiência fora realizada com duas pessoas – uma se chamava Malcolm Bessent e a outra Felicia Paries. Malcolm passou a noite do laboratório com eletrodos em sua cabeça que mostravam sua atividade cerebral, enquanto Felicia dormia sua própria cama em sua casa. Em determinado momento, os membros de Grateful Dead discutiam aleatoriamente sobre arte e pedia ao público para “enviar” as imagens. Entretanto, esta experiência se diferencia pois ao público foi dado o nome e a localização do Bessent, mas não de Parise. Especulou-se que os sonhos de Bessent demonstrariam mais correspondências pois o “acompanhamento psico-fisiológico possibilitaria uma coleção mais completa de sua atividade sonho”; e os emissores estavam cientes do seu nome e localização e, portanto, poderia direcionar as mensagens de forma mais clara.

Achados

sleeptele-philosophy-of-the-boudoir-margritte.jpg

“Em várias outras noites, os relatos dos sonhos do Sr. Bessent demonstraram o que os doutores consideraram como um alto grau de correspondência com as das artes enviadas. Em 20 de fevereiro de 1971, “A filosofia no Boudoir” pelo artista francês Magritte foi selecionada aleatoriamente; que retrata uma mulher sem cabeça em um vestido transparente. Mr. Bessent sonhou com uma “boneca de uma menina” e uma “fantasia … um cartão no meu pescoço”. Nenhuma das transcriões da Sra Parise – atingiram correspondências tão dramáticas, apesar do fato de que ela tinha feito pontuações mais altas em outros experimentos  de sonho telepatia “.

Eles também descobriram que: – Quanto maior o número de emissores,mais fortemente as visões mais se manifestavam – Quanto mais estímulos multi-sensoriais fossem usados (visual, auditivo, etc. olfativo), maior era o grau de precisão nos sonhos do receptor.  “Dormindo você pode experimentar muitas horas, enquanto apenas alguns momentos de vigília se passaram. É por isso que os sonhos são uma plataforma ideal para treinamento.”~ Wayne Gerard Trotman.  Ainda que o fenômeno da telepatia do sonho tenha sido registrada por eras no folclore e mitologia, essa pesquisa é de longe um tipo especial de estudo lógico em um ambiente científico.

Se você está pensativo e com algumas dúvidas, talvez a ideia de tentar obter provas para nós mesmos seria mantendo diários  ou relatos de sonhos. Escrever a cada vez que sentíssemos que alguns sonhos são mais significativos do que outros. Esses sonhos fornecem grandes insights e têm o espaço para desenvolver suas faculdades intuitivas. A fim de abrir canais telepáticos de comunicação em nossos sonhos, poderíamos começar por dizendo-nos o que gostaríamos de comunicar, talvez algo específico com uma determinada pessoa, antes de dormir.

Algumas mensagens podem não fazer sentido, mas já que estão sendo comunicadas do fundo do reino do inconsciente (seja individual ou coletivo), elas sempre terão valor e significado. Estamos todos conectados através da poderosa energia. Ao passo que comecemos a fortalecer nossa intuição, nos tornamos mais e mais conscientes desse tipo de conexão e poderemos usar a informação que temos para gerar acessos através dela.

Você gosta do nosso conteúdo? Apoie nosso trabalho doando a quantia que sentir no coração. (campo de doações no fim da página).

Referências do Artigo: Telepathic Dream Research is Blowing Up + Freud Dreams and Telepathy

Escrito por Pia Llama em Fractal Enlig, traduzido por NM.

Por favor, lembre-se de compartilhar trechos ou textos completos do blog sempre com os devidos créditos!

2 comentários em “Podemos nos comunicar através dos sonhos?

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s