Os benefícios da meditação já são conhecidos há milhares de anos pelos orientais, mas agora a ciência ocidental tem conseguido comprovar como nosso corpo reage a este belo exercício mental. Pesquisas estão a emergir da escuridão, mostrando que a implementação desta prática dentro de hospitais e escolas (algo que já está acontecendo), bem como sua inclusão nas recomendações de tratamento para várias doenças é uma grande alternativa.
Em 2011, uma equipe liderada por pesquisadores afiliados a Harvard e ao Hospital General de Massachusetts demonstrou que a meditação constrói células cerebrais e aumenta a matéria cinzenta presente no cérebro. A pesquisa usou ressonância magnética nos participantes que meditaram todos os dias durante 8 semanas com um programa de meditação “mente-livre”, com áudios guiados de em média 27 minutos, e após esse período, foi observado um espessamento em algumas áreas do cérebro e mudanças psicológicas na matéria cinzenta. Esta pesquisa foi a primeira prova documentada de que a meditação pode causar mudanças físicas no cérebro. Foi financiada pelo Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos Institutos Nacionais da Saúde (NIH).
Agora, outro estudo foi lançado demonstrando como a meditação tem um impacto significante nos sintomas clínicos de doenças gastrointestinais, como gastrite, úlcera, irritações e inflamações. O estudo mostra que o corpo durante a meditação entra em estado de relaxamento (um estado físico de descanso profundo que muda as respostas físicas e emocionais ao estresse). Essa pesquisa foi realizado por uma colaboração entre o Instituto Benson-Henry de Medicina para o Corpo e Mente do Hospital General de Massachusetts e o Centro Médico Beth Israel Deaconess. Esse é o primeiro estudo onde a “reposta sensorial” foi analisado nas doenças, e a primeira investigação dos efeitos genômicos na resposta de relaxamento nos indivíduos com alguma dessas doenças. O artigo científico foi publicado no Plos-One.
Além desses dois estudos citados acima, há outros fatos documentados que comprovam os benefícios na saúde graças a meditação, e acredito que isso abrirá muitas outras portas para outros estudos analíticos em uma grande gama de doenças.
“Nossos resultados sugerem excitantes possibilidades para o futuro desenvolvimento e implantação de tratamentos em grande grupo de pacientes com doenças gastrointestinais. Vários estudos descobriram que as técnicas de gerenciamento de estresse e outras intervenções psicológicas podem ajudar os pacientes com síndrome do intestino irritável (SII), pelo menos em curto prazo; e enquanto a evidência para doenças inflamatórias intestinais (DII) é menos aparente, alguns estudos têm sugerido benefícios potenciais. O que é novo sobre o nosso estudo é a demonstração do impacto de uma intervenção mente/corpo sobre os genes que controlam a fatores inflamatórios que são conhecidos por desempenharem um papel importante nas doenças inflamatórias intestinais e, possivelmente, em DII “. – Brandon Kuo do Departamento de Medicina Gastrointestinal do MGH, co-líder da equipe de pesquisas. (fonte)
Para aqueles que não sabem, a Síndrome do Intestino Irritável e as doenças Inflamatórias Intestinais são condições crônicas que produzem sintomas similares, incluindo, dores abdominais, mudanças na função intestinal, como a diarreia. DII também inclui a colite ulcerosa e doença de Crohn, o que leva a uma inflamação grave em todo ou parte do trato gastrointestinal. A ciência tem nos mostrado que o estresse intensifica estes sintomas, razão pela qual este estudo sobre meditação e estas doenças detém uma grande importância. A “reposta relaxante” tem sido tópico de diversos estudos que mostram claramente que a prática regular da meditação difere os fatores de efeitos psicológicos, tais como o consumo de oxigênio, frequência cardíaca, pressão sanguínea, stress e ansiedade. Essas ideias foram descritas pela primeira vez há 40 anos por Herbert Benson, diretor emérito do Instituto Benson-Henry e co-autor do estudo apresentado neste artigo.
O estudo contou com 48 participantes, sendo 19 deles diagnosticados com SII e DII. O grupo passou nove semanas focados na redução do estresse, habilidades cognitivas, e comportamentos que melhoram a saúde. Cada uma das sessões semanais de treinamento incluiu resposta de relaxamento. Os resultados foram obtidos semanalmente em resposta aos exercícios que podiam ser realizados em casa mesmo, com o tempo variando entre 15 a 20 minutos. Junto aos aspectos existentes em outros programas do grupo oferecidos no Instituto Benson-Henry, este programa incluiu uma sessão que focou especificamente na saúde gastrointestinal.
“Tanto em pacientes com SII e aqueles com DII, a participação no programa de mente/corpo parece ter melhorado significativamente os sintomas relacionados com a doença, ansiedade e qualidade de vida como um todo, não apenas no final do período de estudo, mas também três semanas depois . Enquanto não houve alterações significativas nos marcadores inflamatórios para qualquer grupo de participantes, mudanças na expressão foram observados em quase 200 genes entre os participantes com SII e mais de 1.000 genes em pessoas com DII. Muitos dos genes com expressão alterada são conhecidos por contribuir para vias envolvidas com resposta ao estresse e inflamação “. (fonte)
Como Meditar?
Uma concepção errada que muitos tem sobre a meditação é que você tem que se sentar de certa forma ou fazer algo específico para atingir os diversos benefícios que ela pode causar. Mas na verdade, é bem simples, primeiro que você tem que se sentar da maneira mais confortável possível, fixe-se em uma postura que não incomode, para que você não perca sua concentração tentando se ajeitar 😉 Você pode até se deitar se quiser! Não é sobre postura, é sobre deixar a energia do seu corpo fluir e você sentir. Aqui no blog temos uma seção completa e especial sobre técnicas básicas para quem quer aprender, confira O Reino Livre do Tempo.
Esvazie sua mente e encontre o guia que está dormindo em você nos intervalos de respiração! A sensação é incrível, eu particularmente, adoro fazê-las antes de dormir, entro em um estado que mistura o consciente e o inconsciente do sono! Acordo renovada e pronta para mais um belo dia! Há diversos áudios no Youtube com frequências e propósitos diferentes que podem te ajudar a se concentrar. Tais como em 432hz, 528hz e 128hz!
Descubra-se!!! Até a próxima.
Artigo retirado de Collective Evolution; modificado e traduzido por NM.
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6 comentários em “Pesquisas de Harvard revelam como a Meditação age no Cérebro e no Intestino”