O mantra de purificação e frequentemente debatido do Tibet: Om Mani Padme Hum é um dos mantras mais conhecidos do mundo e aparece em muitas imagens budistas, também cantado em sessões de meditação, seja qual for o nível do praticante. Mas o quanto nós realmente entendemos de seu significado?
Mesmo a palavra; Mantra, pode ser melhor compreendida a partir do prefixo Man ‘para pensar” (em grego: Menos; em latin: Mens) e o sufixo Tra, que une as palavras como uma “ferramenta” (as a tool). De acordo com o livro – Fundamentos do Misticismo Tibetano, por Lama Anagarika Govinda, o mantra pode ser dissecado e melhor entendido como:
OM
A sílaba-semente do universo, OM invoca o sempre-presente poder da consciência. Na verdade, ele representa a consciência abrangente, a unificação, tanto o sono e a vigília (desperto) que é experimentado além das palavras e pensamentos sobre a quarta dimensão.
OM é a libertação, uma abertura para o universo, um estado de prontidão para subir os primeiros degraus da escada em direção à iluminação. Esta afirmação também se estende à alegação de seguir o caminho para ser um Bodhisattva; cultivar o que é bom e como tarefa ao longo da vida se dedicar à ajudar os outros.
OM é o começo, a primeira síbala do Grande Mantra, e não é seu objetivo final, mas um dos mais fundamentais. É o som primordial do espaço-tempo-realidade, o qual ressoa entre a vibrações do passado, presente e futuro.
MANI
Conhecido como a jóia/preciosidade do mantra, MANI representa o elixir da vida ou o presente da imortalidade. A Pedra Filosofal e sua tarefa de separar o objeto nos experimentos alquimistas em base aos elementos da matéria; a terra, o ar, o fogo e água representam uma incógnita ao monge. Onde é o fim dos quatros elementos? Onde no universo nós podemos achar o FIM da matéria, ou algo perceptivel falta nesses materiais fundamentais?
A resposta, Buda descobriu; estava na pureza e esplendor da verdadeira natureza da mente, na consciência pura, universal. O reino dos céus ou o próprio paraíso pode ser encontrada em tal sílaba, e é freqüentemente associada com o imaginário do cetro de diamante, ou “Vajra” em suas três fases de desenvolvimento. Ela representa a mais elevada forma de realização, a jóia da coroa e pode até levar a poderes extraordinários, como a vida terrena prolongada. É a transcendência da percepção então; a percepção de que essas coisas sensuais, tangíveis são de fato invenções da mente e eram uma ilusão, em primeiro lugar<< !!!
Precisamos aprender dominar a maior forma de alquimia e executar mente sobre a matéria (corpo), mergulhando-nos na sétima classe de consciência e elevar-se acima do mundo dos sentidos em alegria e bem-aventurança. É o lugar onde nós nos tornamos completos e o “eu” desaparece completamente. É a transformação ‘no jóia imperecível da mente adamantine.’
ps. (adamantine pode ser interpretado como duro como diamante e/ou algo rígido e forte)
PADME
O florescimento da lótus também é uma imagem bem conhecida associada com o budismo, e é aqui, em PADME que a sentimos e a encontramos. Não só somos como flores de lótus que crescem a partir da lama em direção à luz, mas esta viagem também representa as muitas vidas passadas que devemos encarnar a fim de experimentar todo o espectro da experiência humana.
Assim, através das muitas expressões da vida vêm as várias formas de se aproximar da luz; de tantra para prana, shakti para shiva, as duas polaridades devem existir em equilíbrio e em plena floração, a fim de transcender. O princípio feminino de Shakti, e potência bruta deve juntar-se com o princípio masculino de Shiva, e “descansando em sua própria natureza” em um abraço divino antes que possam desaparecer.
Pode-se dizer que devemos passar por muitas lições de ambos os sexos, antes de podermos sair do aparentemente interminável ciclo de Samsara. A união divina também pode ser vista como a expressão mais plena de criatividade … Como sabemos, é isso e só isso que leva ao milagre da concepção de vida, e isso pode ser visto como uma ponte entre as duas polaridades; uma integração de energias-primas.
É através dessa transcendência das dualidades, muito parecido com a transcendência dos elementos e da matéria na sílaba anterior, que encontramos o amor divino e verdadeiro eu. O ato de florescimento requer compaixão, a libertação do coração para perfurar através da ilusão da percepção e do ciclo de dualidades; homem e mulher, noite e dia, a vida e a morte. Para só então desaparecer e se reunir com o Todo. << !!!
HUM
Se OM é a subida à universalidade e uma declaração a dizer “venha me pegar!”, então HUM é a viagem de volta para baixo. Um não pode existir sem o outro; se OM é como o sol, então HUM é como o solo, a uma experiência mais profunda e uma conclusão do ciclo.
‘No OM nos abrimos, no HUM damos a nós mesmos. OM é a porta para o conhecimento, HUM é a porta para a realização deste conhecimento na vida. HUM é um som de sacrifício “.
É como se a viagem de energias através dos chakras fosse para os céus e para baixo novamente através dos vários canais no corpo, como a energia do torus.
Errônio seria dizer que HUM é a linha de chegada! É o que vibra a nossa intenção para o universo antes de chamá-lo de volta para mais uma rodada :’)
Texto de: Fractal Enlightenment http://fractalenlightenment.com/
Traduzido por: Nayara Marques
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Um comentário em ““Tudo que é visível une-se ao invisível””